O Seminário Regional da CF, que está acontecendo em Salvador-Ba, recebeu no fim do dia Dom Gilson, Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Salvador, para um bate papo sobre o panorama da realidade da juventude no Regional NE3.
O bate-papo, que teve o formato de mesa-redonda, contou ainda com a participação de jovens que participam de movimentos e grupos que formam o setor juventude no regional; foram eles Felipe, do Acampamento Timóteo e Eric, articulador da PJ no Regional e Felipe Freitas, da PJ de Feira de Santana.
Em sua fala, Dom Gilson relembrou que o jovem, assim como todo o ser humano, deve ser levada em conta todas as suas dimensões. “Não podemos reduzir o ser humano, e o jovem, à apenas uma das dimensões. É necessário sermos mais concisos em nossa mensagem para o mundo”, afirmou em sua fala.
Felipe, lembrou a opção que a Igreja fez pelos jovens e pelos pobres. “É preciso que o jovem esteja presente em todos os meios da Igreja”, lembrou. Eric expôs a felicidade que tem por participar da PJ no Regional NE3. “Estamos no Regional mais lindo do Brasil”, se referindo ao fato de que aqui tem várias experiência da Pastoral da Juventude e todas elas conviverem em harmonia, cada uma com as suas características. “É preciso trabalhar nas bases. Observas as diversidades de jovens que a Igreja têm”, lembra.
Felipe Freitas lembrou que o Brasil, diferentes de outras nações, tem uma taxa de jovens alta. O que traz alguns benefícios na contribuição previdenciária mas, por outro lado, exige-se políticas públicas específicas para os jovens. A Igreja colocou-se a favor da juventude, por isso, aprovou medidas que favorecem ações e inclusões para os jovens. “Nossos estados pensam um modelo de desenvolvimento para os jovens (…) a gente caracteriza o jovem com sentenças muito definitivas (…) ser jovem não é só estar numa caixinha e colocar um rótulo” completou.
Após as exposições, todos tiveram um curto tempo para fazer seus comentários. Dom Gregório Paixão, também bispo auxiliar de Salvador e secretário regional da CNBB-NE3, compareceu e comentou sobre os temas e sobre a experiência que tem com a juventude . “Eu vejo que o palavreado é bonito, mas nós paramos no tempo. Parece que estamos nos anos 70. Usamos instrumentos novos, mas não demos um salto para o século 21”, disse.
Segundo ele, os documentos têm uma linguagem antiga e não dialoga com os tempos novos. “Nos discursos eu ouço as mesmas coisas. Precisamos fazer coisas novas. Como antropólogo, coloco os homens no centro das minhas reflexões como teólogo eu coloco Jesus Cristo no centro e precisamos conhecer bem sobre a realidade do nosso público alvo”, finalizou.