A Comissão Nacional da Pastoral Familiar (CNPF) promoveu, entre os dias 3 e 5 de novembro, em Osasco (SP), o Encontro Nacional de Formação. O evento reuniu agentes de todo o Brasil para uma profunda reflexão sobre o tema “Questões de gradualidade no discernimento ético-moral”. Essa temática encontra-se no capítulo 8º da exortação do Papa Francisco, Amoris Laetitia, que trata sobre o amor na família. No trecho, é sugerida a “lei da gradualidade” para lidar com as diferentes situações delicadas enfrentadas pelas famílias diante das exigências do Evangelho.

O documento recorda que São João Paulo II propôs a “lei da gradualidade”, reconhecendo que o ser humano “conhece, ama e cumpre o bem moral segundo diversas etapas de crescimento”.

De acordo com o assessor da Comissão Episcopal para a Vida e a Família da CNBB e secretário executivo da CNPF, padre Rodolfo Chagas Pinho, as reflexões do encontro focaram em uma das cinco prioridades do Setor Casos Especiais. Para ele, “discernimento e escuta” foram as palavras-chave que permearam todo o encontro. “Discernir cada caso, escutar cada caso para poder abordar cada caso e poder trabalhar pastoralmente cada caso”, explicou.

A atenção às fragilidades foi enfatizada durante as discussões, ressaltou Solange Schila, que coordena a Pastoral Familiar em âmbito nacional com seu esposo Alisson. O assessor do encontro, padre Otávio Juliano de Almeida, mestre em Teologia Moral, forneceu orientações para acolher, acompanhar, discernir e integrar à luz da gradualidade apresentada na Amoris Laetitia.

O encontro contou com a participação de casais coordenadores regionais e diocesanos, agentes paroquiais, representantes da juventude e do clero. Além de ser um momento formativo, foi também uma oportunidade de convivência e confraternização entre os participantes. O evento destacou a celebração dos 30 anos do texto de Estudos n. 65 da CNBB “Pastoral Familiar no Brasil”, considerado um marco para a Pastoral Familiar. Participaram 87 pessoas de 15 Regionais e 35 dioceses.

O casal Júlio e Kátia Sousa, Coordenação Regional NE3 da Pastoral Familiar, expressou a satisfação com a experiência. “Foi uma oportunidade de troca de experiências e discussão de assuntos urgentes a serem trabalhados em nossas dioceses, comunidades e paróquias. Voltamos renovados e inspirados a multiplicar o que foi exposto nesse final de semana formativo”, afirmaram.

Texto e fotos: Júlio e Kátia Sousa, casal coordenador da Pastoral Familiar no Regional NE3 (Bahia e Sergipe)

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