Para celebrar os seis anos de criação da Diocese de Cruz das Almas, no Recôncavo Baiano, a Pastoral da Comunicação diocesana lançou uma Revista Eletrônica Comemorativa, com o objetivo de destacar fatos marcantes desta caminhada. Para ter acesso ao exemplar, o internauta pode clicar aqui. É importante destacar que o link pode demorar alguns segundos para abrir, e que é possível fazer o download.
Para guardar na memória e no coração
Instalada em 28 de janeiro de 2018, a Diocese de Cruz das Almas foi desmembrada da Arquidiocese de São Salvador da Bahia e, nesta mesma data, também acolheu o primeiro bispo diocesano, Dom Antonio Tourinho Neto. Um momento histórico, que teve como ponto alto a Santa Missa presidida pelo então Núncio Apostólico no Brasil, Dom Giovanni D’Anielo, e que foi concelebrada por Arcebispos, bispos e padres de outras Arqui(dioceses).
Na ocasião, no início da Celebração Eucarística, o então Arcebispo de Salvador e Primaz do Brasil, Dom Murilo Krieger – atualmente Arcebispo emérito – apresentou a nova diocese, a partir do pedido de criação. “Na manhã de hoje, nesta cidade de Cruz das Almas, cruzam-se o sonho de toda uma região e a atenção paterna do Papa Francisco, explico-me: o sonho da comunidade católica dessa região do Recôncavo Baiano nos volta ao ano de 1975, quando os bispos da CNBB Regional Nordeste 3 pediram à Santa Sé a criação de cinco novas dioceses na Bahia. Em 1978 foram criadas as dioceses de Jequié e de Itabuna; em 1979 a de Barreiras; em 1980 a de Irecê. A quinta, a do Recôncavo, ficou sem data definida. Em 2008 o Regional Nordeste 3 da CNBB aprovou o pedido da criação de duas novas dioceses, desmembradas integralmente da Arquidiocese de São Salvador da Bahia. Em 2010 foi criada a primeira delas: Camaçari. A segunda diocese do Recôncavo, a Diocese de Cruz das Almas, está sendo instalada hoje”, disse.
Voltando o olhar para o Núncio Apostólico, Dom Murilo afirmou que esta região é uma das mais antigas da Bahia e, portanto, do Brasil. “90% de suas paróquias são mais que centenárias, duas delas estão entre as primeiras 15 do Brasil, com peso da história cívico-religiosa do nosso povo. Mas com o sonho do povo desta região cruza-se hoje a atenção paterna do Papa Francisco que, voltando os seus olhos para a necessidade da Igreja no Brasil, erigiu essa nova diocese, colocada sob a proteção de Nossa Senhora do Bom Sucesso. Aqui, no ponto mais alto do planalto, tropeiros vindos do sertão, fincaram uma cruz de madeira, onde paravam para descansar e orar pelas almas durante suas viagens de ida e volta, transportando mercadorias. Aqui a Cruz de Cristo deverá brilhar sempre mais como sinal de salvação. Assim, por caminhos que só a bondade de Deus poderá explicar, a antiga freguesia que tinha o nome de Nossa Senhora de Cruz das Almas, passa a ser, a partir de hoje, a sede da Diocese de Cruz das Almas”, afirmou.
Durante a homilia, o Núncio Apostólico afirmou que uma diocese nasce da solicitude e do amor. “A solicitude é o que a Igreja tem com seus fiéis, para não deixar vocês sem o cuidado. Essa solicitude foi mostrada aqui já há tantos anos atrás, em 1975, quando aconteceu o pedido de criação desta diocese. Fico feliz em poder dar cumprimento a essa solicitude. Uma diocese que é desmembrada de outra diocese nasce e finda sempre na mesma família, que é a Igreja. Temos que ter essa solicitude para continuar fortalecendo essa unidade. Somos todos um e o amor que temos um pelo outro faz com que todo mundo reconheça que nós somos uma só família amada por Deus e por Nossa Senhora. Solicitude e amor, duas palavras que eu espero que hajam nessa comunidade”, disse.
“É uma missão árdua. Eu conto principalmente com o clero. O primeiro ano será mais de observação do que de ação para poder ter o controle nas mãos daquilo que realmente a evangelização precisa. Conto com Deus, Ele me deu a graça, então Ele vai me dar a graça também de governar esta diocese segundo a monção do Espírito Santo”, disse à época, Dom Antonio Tourinho Neto.
Fonte: Arquidiocese de Salvador