A padroeira da Arquidiocese de Aracaju, Nossa Senhora da Imaculada Conceição foi homenageada pela passagem do seu dia, 8 de dezembro, com missas, orações e procissão. Em preparação ao dia festivo, foi realizado o novenário, de 29 de novembro a 7 de dezembro, com o tema “Maria, Ícone da Caridade Cristã”.
Na manhã do dia 8, a programação foi iniciada as 6h com alvorada festiva e o ofício de Nossa Senhora da Conceição; às 7h teve a missa dos devotos; às 9h a Missa Solene, presidida pelo Arcebispo Dom José Palmeira Lessa. À tarde, por volta das 15 horas, reiniciou a programação com a apresentação da Orquestra Sinfônica do Cotinguiba e do Coral da UFS, em parceria com o SESC, em seguida, saiu o cortejo da Procissão com a Imagem de Nossa Senhora da Conceição, pelas principais ruas do centro de Aracaju, seguida de uma grande multidão, com milhares de pessoas.
Na celebração, das 9h, o Arcebispo, além de enfatizar a importância da mãe de Jesus, com o título de Imaculada Conceição, para a vida da Igreja, fez a abertura oficial do Ano da Caridade, que será vivenciado em nível de paróquias da Arquidiocese de Aracaju.
“Na figura de Nossa Senhora tem todo o projeto de Deus, de viver em plena sintonia com Ele, no amor dele, porém. Maria é sem pecado e plena da graça. Ela foi concebida sem a mancha do pecado original”, exaltou Dom Lessa.
Para abrir o Ano da Caridade, o Arcebispo presenteou as pessoas que estavam na celebração com sua Carta Pastoral, que tem como tema “A Caridade de Cristo nos Impulsiona” (2 Cor. 5,14), que destaca os principais temas: Koinonia: O Amor de Deus Manifestado na Partilha do Pão e da Vida; Diaconia: A Caridade e a Ação para com os Pobres e Oprimidos; Martiria: a Caridade Testemunhada e a Ação Evangelizadora, além das sugestões para a vivência do Ano da Caridade.
A Imaculada Conceição, de Migliaccio.
A Imaculada Conceição de Maria é um dogma da Igreja Católica Romana. Definido no século XIX, sua festa litúrgica é celebrada em 8 de Dezembro. Segundo o Dogma, a Igreja confessa e crê que a Bem Aventurada Virgem Maria foi preservada do pecado original desde o primeiro instante de sua existência.
Os escritos cristãos do século II testemunhavam a idéia, concebendo Maria como nova Eva, ao lado de Jesus, o novo Adão, na luta contra o mal. O Protoevangelho de Tiago, obra apócrifa antiga, narrava Maria como diferente dos outros seres humanos. No século IV, Efrém (306-373), diácono, teólogo e compositor de hinos, propunha que só Jesus Cristo e Maria de Nazaré são limpos e puros de toda a mancha do pecado.
Já no século VIII se celebrava a festa litúrgica da Conceição de Maria aos 8 de dezembro ou nove meses antes da festa de sua natividade, comemorada no dia 8 de setembro. No século X a Grã-Bretanha celebrava a Imaculada Conceição de Maria.
Na Itália do século XV o franciscano Bernardino de Bustis escreveu o Ofício da Imaculada Conceição, com aprovação oficial do texto pelo Papa Inocêncio XI em 1678. Foi enriquecido pelo Papa Pio IX em 31 de março de 1876, após a definição do dogma com 300 dias de indulgência cada vez que recitado.
Aos 8 de dezembro de 1854, Pio IX, na Bula Ineffabilis Deus, fez a definição oficial do dogma da Imaculada Conceição de Maria. Assim o Papa se expressou:
“Em honra da santa e indivisa Trindade, para decoro e ornamento da Virgem Mãe de Deus, para exaltação da fé católica, e para incremento da religião cristã, com a autoridade de Nosso Senhor Jesus Cristo, dos bem-aventurados Apóstolos Pedro e Paulo, e com a nossa, declaramos, pronunciamos e definimos a doutrina que sustenta que a beatíssima Virgem Maria, no primeiro instante de sua conceição, por singular graça e privilégio de Deus onipotente, em vista dos méritos de Jesus Cristo, Salvador do gênero humano, foi preservada imune de toda mancha de pecado original, essa doutrina foi revelada por Deus e, portanto, deve ser sólida e constantemente crida por todos os fiéis”. Com informações e fotos da Arquidiocese de Aracaju/Pascom.