CESE: 40 anos de luta por direitos humanos, desenvolvimento e justiça
Em comemoração pelos 40 anos da CESE (Coordenadoria Ecumênica de Serviço), foi realizada na manhã de hoje, 06 de maio, um Culto Celebrativo na Cúria Metropolitana do Bom Pastor (Av. Leovigildo Filgueiras, 270 – Garcia – Salvador). Estiveram presentes diversas denominações religiosas. A programação continua no período da tarde. Às 14:40h será realizada uma sessão especial CESE 40 anos na Assembleia Legislativa da Bahia, onde haverá também a exposição “Direitos Humanos em Imagens”, do artista plástico J. Cunha. E, às 18h, no lobby do plenário, a CESE lançará o livro “Ecumenismo e Cidadania: a trajetória da Coordenadoria Ecumênica de Serviço”.
A CESE é uma entidade ecumênica, sem fins lucrativos, com sede em Salvador/BA e atuação nacional. Em quatro décadas de trabalho, a CESE já apoiou mais de 10 mil projetos de organizações populares em todo o Brasil, uma média de 400 projetos apoiados por ano.
Através de sua atuação, a CESE beneficia as populações rurais e urbanas de todo o Brasil, os quais vivem diretamente as consequências de extrema desigualdade no país, lutando de forma organizada pela afirmação de direitos individuais e coletivos.
O Secretário Geral da CNBB, dom Leonardo Steiner, presente no culto celebrativo, falou da missão da CESE. “A CESE é uma comunhão das nossas Igrejas a serviço dos pobres. Com pequenos, grandes projetos a CESE sempre procurou levar à pessoa humana uma autonomia, lutando para que os direitos sejam preservados, mas também as pessoas tenham acesso aos seus direitos, nos diversos aspectos que o direito propõe”, concluiu.
A celebração foi assunto da entrevista com a Diretora Executiva da CESE, Eliana Rolemberg, à Assessoria do Regional. Confira!
Assessora de Comunicação (Égila Passos) – Ao fazer uma retrospectiva dos trabalhos já desenvolvidos pela CESE, qual a importância da celebração desses 40 anos da organização?
Eliana Rolemberg (Diretora Executiva da CESE) – Eu considero que nesses 40 anos, existiram muitas conquistas e é preciso celebrar, conquistas principalmente de sementes que foram plantadas pela CESE desde a época da ditadura, reconhecendo os movimentos, a importância de se lutar pelos direitos humanos e de lá pra cá, continuar nesta luta, mas cada vez entendendo mais os direitos humanos, a força dos movimentos e o fato da CESE ter sempre optado por apoiar as iniciativas das comunidades pequenas, pequenos projetos, a gente vê hoje que os frutos são muito grande, porque houve uma participação efetiva de quem fez os projetos, de quem prestou contas, de quem construiu alguma coisa. Conseguiu melhoria de qualidade de vida, conseguiu se fortalecer enquanto movimento, organização. E, isso é muito importante que a gente possa celebrar, celebrando em um culto que tem que ser ecumênico, que a CESE nasceu ecumênica. A celebração sempre da mais força para que não se pare nesses 40 anos, que a gente siga em frente e reforçando cada vez mais os movimentos.
Assessora de Comunicação (Égila Passos)– Eliana Rolemberg, fale um pouco da missão da CESE.
Eliana Rolemberg – A nossa missão é justamente das Igrejas, se colocando a serviço dos movimentos sociais e fortalecendo os movimentos nas suas lutas por transformações sociais, econômicas, políticas, por uma sociedade verdadeiramente democrática e justa com a realização de um desenvolvimento que seja transformador.
Assessora de Comunicação (Égila Passos) – Falar da CESE é basicamente falar de quê?
Eliana Rolemberg – Falar da CESE é falar de trabalho conjunto, de um empenho de todos os seguimentos, todas na realização dessa missão, que é de fortalecimento dos movimentos sociais, de reconhecimento do protagonismo dos movimentos. É falar de uma relação não só no Brasil, mas que tem repercussões na América Latina, no mundo. É um movimento que se abre para um diálogo inter- religioso, reconhecendo também a força de outras religiões e respeitando a diversidade. Então a CESE é muito isso.
Confira as fotos do culto celebrativo.