Os bispos do Regional Nordeste 3 (Bahia e Sergipe) participaram, de 25 a 29 de abril, da 59ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (AGCNBB), órgão supremo da entidade que reúne todo o episcopado brasileiro. Devido à pandemia, este ano a AGCNBB acontece na modalidade híbrida, sendo esta primeira fase online e a segunda – que terá início em agosto -, presencial.

Ao longo desta semana, o episcopado abordou inúmeras temáticas, entre elas a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), a Jornada de Oração e Missão pela Paz, o 10º Encontro Mundial das Famílias e o Ano Jubilar Missionário. Os bispos foram unânimes quanto à aplicação das Novas Diretrizes da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (DGAE). De acordo com os prelados, não é necessário um novo documento, mas, sim, uma atualização das Diretrizes, pois, diante da pandemia, os pilares ainda não foram, de fato, implementados nas Arqui(dioceses). Contudo, ao lado das Diretrizes, que podem ser atualizadas, há um desejo de que, na medida do possível, o tema da sinodalidade seja acrescentado a partir do que pode ser vivenciando antes do documento que será produzido na Assembleia Sinodal, que acontecerá em outubro de 2023.

Sobre a Assembleia deste ano, o secretário do Regional Nordeste 3 e bispo da diocese de Propriá (SE), Dom Vitor Agnaldo de Menezes, enviou, no dia 29, um breve relato:

Desde a última segunda-feira, 25 de abril, está sendo realizada de forma online a primeira etapa da 59ª Assembleia Geral do episcopado brasileiro. Conforme o regimento da Conferência (Doc. 70 CNBB), a Assembleia Geral é o “órgão supremo da CNBB, expressão e realização maiores do afeto colegial, da comunhão e corresponsabilidade dos Pastores da Igreja no Brasil”, com a finalidade de “realizar os objetivos da CNBB, para o bem do povo de Deus”(art. 27), e para fazer crescer a comunhão e a participação (art. 28). A Assembleia Geral trata de assuntos pastorais de ordem espiritual e de ordem temporal, bem como dos problemas emergentes da vida das pessoas e da sociedade, sempre na perspectiva da evangelização (cf. art. 29). Para nós bispos, a Assembleia Geral é, sobretudo, uma oportunidade feliz de encontro e de comunhão episcopal. “Oh, como é bom, como é agradável para irmãos unidos viverem juntos (Sl 132, 1)”.

A pandemia do coronavírus nos tirou, ao longo dos dois últimos anos, a possibilidade do encontro pessoal. Graças aos modernos meios de comunicação, foi possível a realização de nossas Assembleias e reuniões de forma online. Em setembro, graças a Deus e à ciência que conseguiu produzir vacinas contra o COVID 19, em setembro próximo realizaremos a segunda etapa da mesma Assembleia em Aparecida do Norte, com a presença de cada bispo, quando então nos encontraremos de novo para o abraço esperado e a feliz convivência. O Tema Central escolhido para esse ano está inspirado no Sínodo sobre a sinodalidade que terá o seu auge na 16ª Assembleia do Sínodo dos Bispos, em outubro de 2023 em Roma: “Igreja sinodal – Comunhão, Participação e Missão.

O tema da sinodalidade está sendo posto de forma contundente pelo Papa Francisco, que sonha com uma Igreja sinodal e missionária. “O caminho da sinodalidade é o caminho que Deus espera da Igreja do terceiro milênio” (Papa Francisco). A Assembleia Geral é uma expressão visível da sinodalidade da Igreja no Brasil. É bonito ver a diversidade e a unidade presentes no episcopado brasileiro, graças à ação amorosa do Espírito Santo de Deus.

O Regional Nordeste 3 da CNBB, constituído pelas dioceses de Sergipe e da Bahia, está representado por todos nós bispos destas dioceses. A nossa participação ativa se dá de diversos modos, desde os bispos que participam de algumas Comissões Pastorais até as muitas intervenções feitas por cada um de nós.

Estamos unidos a todo o nosso povo, para quem pedimos a benção de Deus e a intercessão de Nossa Senhora Aparecida, Rainha e Padroeira do Brasil.


Dom Vítor Agnaldo de Menezes
Secretário

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