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O Concílio Vaticano II foi tema de Congresso, de 30 de abril a 3 de maio, no Seminário Maior da Província Eclesiástica de Sergipe, em Aracaju, coordenado pelo Padre Videlson Teles.  Serviu para comemorar o cinquentenário de encerramento do Concílio Vaticano II; refletir sobre as quatro constituições que foram advindas dele. Também foi um momento para promover o encontro e o mútuo conhecimento de teólogos do Nordeste; Estudar os demais documentos do Concílio em minicursos e conhecer melhor alguns peritos do Concílio.

Os Bispos das três diocese de Sergipe participaram do congresso: O Arcebispo de Aracaju, Dom José Palmeira Lessa; o Arcebispo Coadjutor de Aracaju, Dom João José Costa, o Bispo de Propriá, Dom Mario Rino Sivieri e o Bispo da Diocese de Estância Dom Giovanni Crippa.

O professor e doutor, Sérgio Sezino Douets Vasconcelos, Graduado e Doutor em Teologia, Licenciado em Filosofia, de Recife/PE ministrou a conferência de abertura que versou sobre o tema gera do congresso: “Desafios da Teologia na Sociedade Contemporânea”. 

Sobre o Concilio  Vaticano II, disse o conferenciaste que não tem nada de novo ou revolucionário, pois o que propõe é retomar a teologia do primeiro milénio, como a reforma litúrgica que já estava pronta desde o Papa Pio XII, a busca por uma igreja de comunhão e participação. A novidade é reapresentar o que é demais tradicional. O problema está na nossa pobreza teológica e litúrgica.

Sérgio apontou que o grande desafio da modernidade é descecularizar. “Com a secularização, inevitavelmente, chega a relativização dos modelos tradicionais de cultura”, porém apontou o palestrante: “Com a secularização, como muitos pensavam, não chega o fim da religião. Essa novidade é desconcertante para todos nós da pastoral e da teologia, nosso mundo não está se tornando menos religioso. A nossa cultura brasileira é altamente religiosa, vivemos uma overdose de religião”, esclareceu.
conciliovaticano2O conferencista alertou para a necessidade de um trabalho mais dinâmico e de compreensão dessa realidade, pois mesmo quando não se muda de religião o fiel muda de paróquia constantemente. “O perigo é ter um catolicismo diet para um católico diet e um catolicismo light para um catolicismo light. Não podemos deixar que o catolicismo seja vendido como um objeto que o cliente gosta,  observou Sérgio Sezino.

Ele afirmou nunca ter visto na bíblia em que a voz do povo foi é voz de Deus, então questionou: “Se alguém encontrar me diga que eu quero aprender. O que o povo quis na bíblia foi Barrabás. Não pode confundir povo de forma sociológico, com povo de Deus que é escatológico. A voz do povo nunca foi a voz de Deus, mas a voz do povo de Deus, como já está com Deus, reflete a voz de Deus, mas só se descobrirá quem é verdadeiramente povo de Deus depois da morte”, ensinou.

O Arcebispo Dom José Palmeira Lessa participou de todo Congresso e falou da riqueza de sua compreensão. “O Congresso renovou, na mete e no coração de cada um de nós, toda riqueza do Concílio Vaticano II, que fez com que as pessoas refletissem e repensassem, suas caminhadas de Igreja, para que, numa comunhão mais profunda com a Igreja, padres e leigos, possam testemunhar ainda mais Jesus Cristo. Precisamos construir uma nova realidade da sociedade.  Pois, a importância do Concílio se dá por ser uma fonte inesgotável de princípios, valores, orientações e de luzes para a caminhada da Igreja e seu povo. Celebrar os 50 anos não é celebrar algo do passado, mas algo que no presente tem a dizer de forma profunda a humanidade e a Igreja”, exaltou Dom Lessa.
O Arcebispo Coadjutor fez referência ao evento como sopro de renovação. “O Concílio Vaticano II é uma bênção de Deus e é uma sopro de renovação que, infelizmente,  constatamos hoje, que depois de 50 anos, muito coisa precisa avançar. Nós cristãos ainda não assimilamos as grandes verdades desse concílio. O Congresso foi uma boa oportunidade para damos passos e compreendermos melhor o papel de cada um para avançarmos em águas mais profundas e possamos dar respostas diante dos desafios do nosso tempo”, destacou do Dom João 

A presidente do Conselho Nacional do Laicato do Brasil, CONAL, Marilza José Lopes Schuina, do Mato Grosso, participou de todo Congresso e falou da importância de sua realização. “O grande destaque foi percebermos os desafios que temos pela frente para fazer com que o Concílio se torne, efetivamente, uma realizada. Pois sabemos que muitos aspectos do Concílio ainda não foram aplicados. Evento deste porte ajuda na retomada do que se propôs o Concílio Vaticano II”, enalteceu a presidente Nacional do CONAL. 

Os participantes beberam de ricas informações, com as presenças de estudiosos dos vários temas propostos pela organização do Congresso. Simonete dos Santos Teles, apesar de achar o tempo muito corrido, pode aprofundar os conhecimentos. “Vim para aprender mais, apesar de persistirem algumas dúvidas, devido ao tempo curto, o evento foi muito rico de novas informações” disse Simonete.

promotora Mirian Tereza assim falou: “Saio com um desafio que é eu entender, como leiga, preciso realmente estudar mais os documentos da Igreja. Nós, independente do que já saiu do Vaticano II, leigos e clero, temos que nos somar para vencermos os desafios enquanto comunidade cristã em relação às drogas, aeconomia. O leigo com a sua identidade própria, sua missão própria em comunhão com o clero, temos que criar espaços que se comunique além da Igreja e dialogue com a sociedade, para que a nossa evangelização seja mais eficaz.”

Aproximadamente, trezentas pessoas, do estado e de fora, participaram do evento e tiveram a oportunidade de alagar conhecimentos sobre o Concilio Vaticano II através de conferência e minicursos.
Fonte: Arquidiocese de Aracaju

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