A Cáritas Brasileira Regional Nordeste 3 realizou um bate-papo com o Pe Avelino Lopez Brugos, que atualmente reside na cidade Oviedo, na Espanha. O padre colaborou como Orientador Espiritual da Cáritas na Arquidiocese de Feira de Santana durante muitos anos e sempre foi um sinal de acolhida e fraternidade aos que mais precisam. Acompanhe a entrevista!
Cáritas Brasileira Regional NE 3: Este tempo de pandemia tem desafiado a humanidade a encontrar alternativas para o enfrentamento não só da doença, mas ao empobrecimento da população também. Como o senhor tem vivido este tempo de pandemia?
Padre Avelino Brugos: Moro atualmente na cidade de Oviedo – Espanha.
Neste tempo estou revisando a saúde e cuidando de mim -para- cuidar dos outros, pois dizem que estou em idade de risco. A pandemia me causou: surpresa, busca das causas e o porquê, perguntas sobre a sociedade e o mundo em que moramos, busca do que Deus está nos dizendo e o que quer de nós.
Cáritas Brasileira Regional NE 3: O senhor acredita que colheremos algo positivo desse período que enfrentamos?
Padre Avelino Brugos: Devemos colher algo/muito positivo, até onde? ( ?), eu não sei; mas, como fala o papa Francisco, si não é assim, continuaremos vendo coisas piores. Que mundo vão recolher nossos sucessores?
Cáritas Brasileira Regional NE 3: De que maneira a Igreja pode contribuir nesse processo de superação da Covid 19 e suas consequências?
Padre Avelino Brugos: A Igreja é chamada/desafiada neste tempo e ante esta situação que estamos vivendo a mostrar com atos e palavras toda a luz que ela recebe da Fé em Jesus Cristo. Ser um sinal de esperança, sobretudo, para os pobres e mais atingidos pela pandemia, mediante a prática da Caridade. Ser samaritana com todos os feridos pela pandemia, ser hospital de campanha, que fala o Papa Francisco.
Cáritas Brasileira Regional NE 3: Deixe uma mensagem aos nossos leitores!
Padre Avelino Brugos: Desejo que todos procuremos ler a Fratelli Tutti, documento em que o Papa Francisco nos dá luzes para interpretar e viver esta situação tão decisiva do nosso tempo. Não só os católicos; mas, sobretudo, os católicos. Eu estou lendo e dou graças a Deus por ter essa luz no meio da escuridão. Envio um grande e fraterno abraço.
