É o título do livro-entrevista do Papa Francisco que está sendo anunciado pela imprensa no mundo inteiro. Trata-se de uma entrevista concedida pelo papa ao jornalista, especialista nas questões do Vaticano, Andrea Tornielli, do Jornal de Turin, La Stampa. As antecipações dizem que são 120 páginas, ao preço de 15 Euros. Editora: Piemme. Previsto para sair em 86 países.
Será mais um subsidio para o Ano Santo da Misericórdia. Nele o Papa Francisco afronta o tema da misericórdia de Deus, retomando ideias que estão na Bula O Rosto da Misericórdia, na Encíclica Alegria do Evangelho e em outros pronunciamentos de seu magistério.
Durante a entrevista o Papa Francisco conta como foi maturando a ideia do Jubileu da Misericórdia. Na oração, contemplando os papas que lhe precederam e pensando na igreja samaritana, veio a intuição do Ano Santo. A Igreja precisa ser uma comunidade capaz de aquecer o coração das pessoas com a sua proximidade, mostrando o seu rosto materno para a humanidade ferida.
Retoma lembranças e personagens de sua história pessoal em Buenos Aires, passagens de seu ministério como padre e bispo na grande metrópole argentina.
Leremos como é desconcertante o modo de agir de Deus. Ele conhece pecados da humanidade, os seus limites e misérias, mas a espera sempre para se doar totalmente e assim reconstituir a maior dignidade. Somente pastores, segundo o coração de Deus e não rígidos doutores da lei, poderão nos apresentar o rosto do Deus Misericordioso.
Papa Bergoglio conta que ainda jovem, na sua paróquia, na festa de São Mateus de 1953, experimentou a misericórdia de Deus através de dois padres: Enrico Pozzoli, salesiano e José Ramón Aristi, sacramentino. Eles sabiam escutar os grandes dramas das pessoas e respondeu com o Deus misericordioso. Eram conscientes de seus próprios limites e, por isso, também muito capazes oferecer o perdão de Deus que cura as feridas.
Durante entrevista são narradas situações de pessoas que experimentaram a misericórdia na igreja: prostitutas, homossexuais, separados e outras pessoas. As pessoas frágeis precisam ser respeitadas na sua dignidade e devemos ter cuidado para não ferir quem já carrega tantos pesos.
Quando se trata do pecado de corrupção, o tom da conversa de repente se torna mais áspero. O corrupto peca, não se arrepende e finge de ser cristão, provocando escândalo.
São essas as primeiras antecipações que os jornais estão divulgando. Mais detalhes teremos quando o novo subsídio para o Ano da Misericórdia estiver nas mãos dos leitores no mundo inteiro.
O Ano da Misericórdia ganha, então, um subsídio importante, vindo da experiência de seu próprio autor, Papa Francisco.
Dom Josafá Menezes da Silva
Bispo da Diocese de Barreiras