“A misericórdia, fonte da ação missionária do presbítero” foi tema de Formação Missionária Para Seminaristas (Formise) na Província Eclesiástica de Aracaju (SE). O evento reuniu no seminário Maior Nossa Senhora da Conceição, nos dias 5 a 7 de agosto, cerca de 90 seminaristas da arquidiocese de Aracaju, dioceses de Estância e Propriá.
“A participação nesta formação me proporcionou uma visão mais larga acerca das diferentes faces da ação evangelizadora”, avaliou o seminarista Johanne Fagner, da arquidiocese de Aracaju. Segundo o seminarista Gedeão Pontes, da diocese de Propriá “poderíamos sintetizar a missão como a necessidade iminente de comunicarmos ao outro a alegria de ter experimentado o poder restaurador da misericórdia de Deus”.
Padre Jaime Patias, IMC, secretário da Pontifícia União Missionária, assessorou a formação. “O coroamento da vocação presbiteral é a missão vivida como a manifestação da misericórdia de Deus no mundo todo. Sem missão não existe vocação autêntica”, destacou o assessor e complementou: “o segredo da vida de um presbítero está na capacidade de se reencantar a cada dia pela missão, sem olhar para trás. Esta é a motivação que dá sentido a uma verdadeira vocação missionária”.
O estudo teve também a participação de dom Giovanni Crippa, IMC, bispo de Estância (SE) e referencial para a Ação missionária no regional Nordeste 3. Ao falar sobre a participação da Igreja local na missão ad gentes, o bispo recordou: “se a catolicidade é uma característica essencial da verdadeira Igreja, cada Igreja tem responsabilidade para com as outras. Existe então, uma corresponsabilidade do corpo episcopal na missão universal da Igreja”. Segundo dom Giovanni, “uma Igreja é particular por que esse é o lugar onde deve olhar o mundo e estar em comunhão com todo o mundo”.
O coordenador do Comire, padre Antônio Niemec, motivou os seminaristas a colaborarem com as instâncias de animação e cooperação missionária no Regional. O padre explicou como o trabalho vem sendo feito de forma organizada e as coordenadoras da IAM, Piedade Rodrigues, e da Juventude Missionária (JM), Carol Souza, relataram sobre suas atividades.
Promovido pela Organização dos Seminários e Institutos do Brasil (OSIB) Nordeste 3, em parceria com o Conselho Missionário Regional (Comire) e as Pontifícias Obras Missionárias (POM), e coordenado pelo Conselho Missionário de Seminaristas (Comise), a programação incluiu conferências, trabalhos de grupo, celebrações e testemunhos. Um grupo de crianças da Infância e Adolescência Missionária (IAM) uniu-se aos seminaristas para rezar o Terço Missionário. Os alunos da Orquestra Filarmônica dom José Lessa, um projeto da paróquia Sagrada Família, animaram a noite cultural.
Ganhou destaque o testemunho do missionário capuchinho, frei João Paulo, coordenador do Conselho Missionário Diocesano (Comidi) da arquidiocese de Aracaju, que viveu alguns anos nas terras amazonenses. Ao relatar sua experiência, visivelmente emocionado, o frei declarou: “eu voltarei à Amazônia pelo abandono do povo. Eu voltarei por aquele povo”, expressando assim seu desejo de retornar àquela região.
Na missão de encerramento, dom João José Costa, bispo coadjutor da arquidiocese de Aracaju animou os seminaristas a colocarem-se à disposição para partir em missão na Amazônia e até mesmo em outros países. “É hora de pensarmos em projetos nessa direção”, disse o bispo.
Fonte: Pontifícias Obras Missionárias